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Projeto Redigir abre inscrições para prosseguir com aulas de redação e cidadania

Foram abertas na quinta-feira (27) e podem ser feitas até o dia 18 de fevereiro as inscrições para o Projeto Redigir, iniciativa de extensão mantida por alunos da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.


O Redigir reúne aulas de língua portuguesa, literatura e técnicas de redação, em um conjunto pedagógico que busca usar a escrita como meio de inserção na participação social.

A participação no curso é gratuita. As aulas são oferecidas nos períodos da manhã e da noite. Os critérios de seleção incluem uma avaliação sócio-econômica dos candidatos. Nas aulas, os estudantes têm contato com um conteúdo básico de gramática e redação, através do estudo de textos clássicos e recentes, e de situações cotidianas do uso da língua portuguesa.

Histórico

Em 2000, um grupo de 13 alunos da ECA, que um ano antes havia fundado o "Curso de Redação para Vestibular", se deparou com uma questão que, inevitavelmente, todo projeto de extensão universitária enfrenta. Depois de criado, como garantir a sobrevivência financeira do programa sem comprometer a qualidade ou o alcance da iniciativa? O que, no caso do Curso de Redação, hoje chamado Projeto Redigir, significou realizar a seguinte pergunta: "Como conseguir dinheiro para manter e, futuramente, expandir um projeto gratuito de ensino que atingisse comunidades carentes?"

À época, aventou-se transformar o Curso em uma instituição independente, o que facilitaria a obtenção de recursos externos e tornaria possível a realização de cobrança de taxas. Ao invés disso, o caminho escolhido foi fortalecer a relação do projeto com a Universidade, institucionalizá-lo tanto quanto fosse possível. Mais do que uma simples decisão burocrática, a escolha revela muito do que é o Redigir, uma afirmação da responsabilidade direta da USP frente à sociedade.

O projeto surgiu em 1999 como resultado de uma constatação dos alunos de jornalismo da ECA: a de que as salas de aula da unidade permaneciam ociosas durante o período da tarde. Pensando em como aproveitar o espaço, os alunos decidiram criar um curso de redação – ideia natural, já que se tratavam de alunos de jornalismo – voltado para o vestibular. O objetivo era contribuir para aumentar as chances de quem não tinha como pagar um cursinho preparatório particular.

Depois de alguns anos, porém, os resultados encontrados não foram os esperados. A aprovação de um aluno em um vestibular de ponta era raridade. Afinal, como um único semestre de aulas semanais de redação conseguiriam acabar com um déficit educacional de muitos anos? Além disso, a evasão nas salas era muito alta. Foi aí que houve a mais importante mudança na história do projeto. O curso passou a abordar questões mais próximas à realidade dos alunos, e, a escrita, a ser vista como ferramenta da cidadania. As aulas se tornaram mais participativas, a evasão diminuiu e o Redigir parecia cumprir sua nova proposta com mais eficiência do que a antiga.

Alunos, professores

Rodrigo Ratier, um dos fundadores do curso, se formou em jornalismo pela USP em 2001, e define a criação do Redigir como “a coisa mais importante” que fez durante a graduação. Ele conta que, nos primeiros anos, o Redigir era experimental. Sem nenhuma experiência ou formação em pedagogia, seus idealizadores foram testando métodos, verificando o que funcionava e o que não transcorria bem. Com o tempo, se aproximaram de professores da Faculdade de Educação (FE) e de autores como o pernambucano Paulo Freire, desenvolvendo o modelo de ensino usado no curso até hoje. Cada turma tem aulas de redação e gramática separadas e cada disciplina é ministrada por uma dupla de professores, um novato no projeto e um mais experiente. O planejamento pedagógico e a estrutura hierárquica são horizontais – as decisões são sempre tomadas em reuniões em que todos participam; há um contato próximo entre os professores e entre os professores e os alunos.

Até hoje, o curso tem no trabalho voluntário de seus professores uma de suas principais características – e também uma das suas maiores virtudes. Ratier diz que o curso é "uma porta de entrada para os dois lados", beneficiando tanto os professores, que conhecem perspectivas e realidade totalmente diferentes da suas, quanto os alunos, que não raramente usam as aulas como marco de uma nova fase na vida. E isso talvez seja o que há de mais fundamental no projeto Redigir. A profissionalização do curso, o que seria uma solução para evitar a sazonalidade de professores, poderia significar podar pelo menos metade dessa experiência.

Ivan Paganotti, também ex-aluno do curso de jornalismo e que atuou como professor durante sua graduação, diz que "as dificuldades no Redigir são seu principal mérito", explicitando a já citada contradição. De fato, são e, portanto, não têm como (e nem deveriam) ser totalmente superadas. O cuidado necessário é o de achar um equilíbrio, um jeito de funcionar em que o Redigir não corra o risco de ser engolido por elas como quase foi. Por enquanto, a solução possível é consolidar ainda mais o projeto dentro do departamento e da ECA; conseguir mais participação dos alunos e, importante, trabalhar a comunicação entre as diferentes gerações de professores.

Serviço

As inscrições para a seleção do Redigir devem ser feitas no Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE) da ECA (Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo), durante os plantões de quinta e sexta-feira, das 9 às 21 horas, e aos sábados, das 9 às 14 horas. Os dias de plantão são 27, 28 e 29 de janeiro e 3,4,5,10,11,12, 17 e 18 de fevereiro.

Os documentos necessários são: cópia do RG, cópia do comprovante de escolaridade, cópia do comprovante de renda da pessoa que está se inscrevendo e de todos aqueles que moram com ela e possuem renda. Se alguém não tiver holerite, pode trazer uma declaração a próprio punho, datada e assinada, informando que não tem como comprovar renda.

O início das aulas está previsto para a semana de 22 a 26 de fevereiro.

Mais informações pelo email projetoredigir@gmail.comEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo telefone (11) 3091-1499 (somente horários das inscrições).

Bruno Leite / USP Online
bruno.leite@usp.br
http://www4.usp.br/index.php/institucional/20690-projeto-redigir-abre-inscricoes-para-prosseguir-com-aulas-de-redacao-e-cidadania

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