O QUE A ONG FAZ...

"Um novo modo de pensar, para uma nova maneira de agir." É com esse lema que nós buscamos levar educação em direitos humanos, política e cidadania para todos que queiram discutir tais conceitos, acreditando que a partir da reflexão e discussão dos temas de interesse geral do cidadão, cada um tem a capacidade em si de transformar sua realidade.

COMO PARTICIPAR?

Você pode entrar em contato com a ONG Pensamento Crítico através do email pensamento_critico@pensamentocritico.org, ou nos visitar em nosso endereço: Rua Cristiano Viana, 841, CEP 05411-001, Pinheiros, São Paulo, SP ; pelo telefone 3228-4231; ou através de nossas mídias sociais.

SIMPÓSIO EMOÇÃO ART.FICIAL 5.0: AUTONOMIA CIBERNÉTICA

Os encontros ocorrem entre 1º e 3 de julho – e todos eles são transmitidos ao vivo no site itaucultural.org.br, com opções de tradução em português ou inglês e espaço para perguntas e comentários dos internautas.
A entrada é gratuita para assistir aos debates no Itaú Cultural, em São Paulo, e os ingressos serão distribuidos com 30 minutos de antecedência a cada mesa.
quinta 1
19h palestra Autonomia e Sistemas de Jogos
com Murray Campbell
A relação entre o jogo de xadrez e os computadores teve início muito antes da invenção da primeira máquina digital. Mas foi apenas em 1997, com a derrota de Garry Kasparov – um dos maiores enxadristas da história – para o supercomputador Deep Blue, da IBM, que as experiências ganharam mais destaque. Atualmente, a tecnologia está sendo aplicada em outros tipos de jogo, como shows de televisão do gênero “perguntas e respostas”.
Murray Campbell é gerente sênior do Departamento de Ciências da Matemática da IBM, em Yorktown Heights, Nova York, Estados Unidos. Foi membro das equipes envolvidas na construção de máquinas de jogar xadrez, que culminou no desenvolvimento do já citado Deep Blue.
sexta 2
19h palestra Arte evolucionária
com Jon McCormack
O processo de evolução por seleção natural explica como as espécies mudam e se adaptam sem metas causais explícitas nem ajuda externa. A evolução é um fato. Ela mostra como sistemas de vida complexa surgem de forma autônoma, de baixo para cima, sem que haja um planejador central ou um demiurgo controlador. No campo da arte, métodos e processos elaborados com códigos de computador simulam exatamente esse princípio.
Jon McCormack é um dos artistas de novas mídias mais representativos da Austrália, cujo trabalho já foi exibido em toda a Europa, na Ásia e nas Américas. É codiretor do Centro de Mídia Arte Eletrônica da Universidade de Monash, em Melbourne, onde também atua como professor sênior de ciência da computação.
sábado 3
16h mesa Autonomia e Pós-Humanismo
com Lucia Santaella e Stelarc
Um debate sobre a questão do pós-humanismo, mas sob o ponto de vista de um humanismo não antropocêntrico. Atualmente, circula certa ilusão de que, com o advento da biotecnologia, o “self” poderá finalmente se livrar da carne, ignorando sua dimensão material. Ficções científicas à parte, a prioridade agora é encontrar modos de enfrentar os desafios da era informacional sem perder de vista o estatuto da subjetividade e do corpo humano.
Lucia Santaella é pesquisadora e professora titular da PUC/SP, onde realizou doutorado em teoria literária e fundou o CS Games, grupo de pesquisa em games e semiótica. Atua ainda como professora na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP/FGV), nas áreas de novas tecnologias e novas gramáticas da sonoridade, relações entre o verbal, visual e sonoro na multimídia, e fundamentos biocognitivos da comunicação.
19h palestra Interação, emergência e autonomia
com Paul Pangaro
Uma reflexão sobre os temas abordados em cada uma das edições da trilogia cibernética do Emoção Art.ficial – interface, emergência e autonomia – gera a proposta de uma segunda trilogia: conversa, vínculos e autopoiese. E esses três conceitos, por sua vez, apontam para outra tríade possível: consciência, significado e ser humano.
Paul Pangaro estudou ciência da computação no MIT e fez doutorado em cibernética na Universidade de Brunel. Trabalhou com o cientista Jerry Lettvin em modelos neurais, com Nicholas Negroponte – um dos fundadores e diretor do Media Lab do MIT – em sistemas de animação e com Gordon Pask em cibernética da aprendizagem. Sua empresa, Pangaro Inc., fundada em 1981, presta serviços de consultoria a corporações como a Sun Microsystems, General Motors e Xerox.
Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 – Paraíso – São Paulo SP
(próximo à estação Brigadeiro do metrô)

informações 11 2168 1777 | atendimento@itaucultural.org.br

Fonte:http://www.emocaoartficial.org.br/pt/artistas-e-obras/emocao-5-0/

ONG Pensamento Crítico - atuação

A Ong Pensamento Crítico atua por meio do fornecimento de oficinas com temas nos eixos de direitos humanos, política e cidadania e procura alargar os horizontes dos participantes, por meio do fornecimento de dados, estatísticas, imagens e notícias, nem sempre facilmente encontradas em seu contexto, incitando, por fim, a discussão e a criticização do cotidiano.
Assim, uma educação de qualidade pressupõe um conhecimento aprofundado em temas, por vezes, esquecidos ou tratados superficialmente em outros locais, para que o pleno potencial intelectual, pessoal e profissional do ser humano possa ser alcançado.


Portanto, conforme as fotos acima e ao lado apresentadas, a entidade está aberta a qualquer tipo de público que tenha interesse na discussão de algum dos temas enumerados em nosso site, tais como: Direitos Humanos - o que isso tem a ver comigo, Pobreza e Desigualdade, A família e seu papel na atualidade, Violência e Polícia, Democracia, dentre outros.
Com isso, é com grande ansiedade que aguardamos seu contato, para compartilharmos experiências e lutarmos pela melhoria da qualidade de vida em nossa comunidade!

Ong Pensamento Crítico
Tel. 3228-4231
email: pensamento_critico@pensamentocritico.org
site oficial: www.pensamentocritico.org
















Convite: Mês de junho é época de discutir direito à educação, diversidade e participação

Aproveitando as festividades do mês, o programa Ação na Justiça convida a todas e todos para suas conferências juninas. As inscrições para as conferências do dia 12 já estão abertas. Inscreva-se aqui. E participe!
No dia 12 de junho estão em pauta os desafios ao controle social e à participação da sociedade civil no campo da educação.

O convidado para a primeira conferência é José Marcelino de Resende Pinto, professor associado da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP. Marcelino intitula sua exposição como: “Desafios à participação e ao controle social das políticas educacionais no Brasil: instâncias e mecanismos”, uma análise jurídica e política aprofundada sobre as instâncias e as possibilidades de participação popular nas políticas públicas de educação.

A conferência seguinte será ministrada por José Luís Feijó Nunes, Mestre em Educação pela PUC-SP e professor da rede estadual de ensino de São Paulo. O professor apresentará sua experiência como docente e militante do campo educacional, refletindo sobre as possibilidade de gestão democrática das escolas públicas.
No dia 26 de junho, o debate tem continuidade com o tema “Diversidade e Raça na Educação Escolar: reconhecimento institucional e principais desafios”, uma interessante discussão acerca das políticas públicas de reconhecimento da diversidade e tolerância no sistema educacional brasileiro. As conferências serão ministradas pela Profa. Roseli Fischmann (Professora Associada da Faculdade de Educação da USP) e por Tatiane Cosentino Rodrigues (Pesquisadora no tema relações raciais na escola e mestre em Ciências Sociais).

As conferências abertas são parte do Curso Cidadania e Direito à Educação, realizado desde março com o objetivo de formar e qualificar defensores do direito à educação de qualidade, fortalecendo sua capacidade de atuação junto a comunidades, escolas, movimentos e organizações.
O curso acontece quinzenalmente e tem duração de março até julho de 2010. No total, serão dez encontros, realizados aos sábados, das 9h30 às 16h30, na sede da Ação Educativa (Rua General Jardim, 660. Santa Cecília - São Paulo).

Encontros anteriores
Está disponível no blog os vídeos e resenhas das reuniões passadas. No último encontro, foi discutida a qualidade do ensino como direito; tendo como palestrantes convidados a coordenadora de projetos da Ação Educativa, Vera Masagão Ribeiro, e a mestre em Sociologia pela UNICAMP, Vanda Mendes Ribeiro.


Programação de sábado, dia 12/06/10
Controle Social e Participação na Educação: a democracia como direito

9h Café

9h20 Abertura

9h30 Conferência 13 – Desafios à participação e ao controle social das políticas educacionais no
Brasil: instâncias e mecanismos, com José Marcelino de Resende Pinto (Prof. Associado da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto- USP).

10h15 Conferência 14 – Gestão democrática das escolas públicas, com José Luís Feijó Nunes (Mestre em Educação pela PUC-SP / Professor da Rede Estadual de Ensino de São Paulo).

11h Debate

12h45 Encerramento dos debates


Programação de sábado, dia 26/06/10
Diversidade e Raça na Educação Escolar: reconhecimento institucional e principais desafios

9h Café

9h20 Abertura

9h30 Conferência 15 – Diversidade e Tolerância na Educação, com Roseli Fischmann (Profa. Associada da Faculdade de Educação da USP e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo / Coordenadora do GT Estado Laico da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC).

10h15 Conferência 16 – Diversidade racial na educação: um balanço das políticas públicas de reconhecimento, com Tatiane Cosentino Rodrigues (Pedagoga, mestre em Ciências Sociais e doutoranda em Educação pela Universidade Federal de São Carlos).

11h Debate

12h45 Encerramento dos debates

Fonte: http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=2335&Itemid=2

Quando o extermínio é uma política de estado que responde pelo nome de segurança pública.

In Boletim IBCCRIM. São Paulo : IBCCRIM, ano 18, n. 211, p. 01-02, jun., 2010.

Nas últimas semanas tem vindo a público uma sequência de episódios de acentuada violência envolvendo policiais militares na prática de tortura e espancamentos a civis, do que em diferentes momentos tem resultado a morte de alguns motoboys que, além da profissão, ostentavam em comum o fato de serem jovens, negros e pardos, e não se encontravam, no momento da abordagem e da violência policial, envolvidos em qualquer ocorrência criminosa. Após a divulgação dos fatos pelos meios de comunicação, o comando da PM e autoridades públicas, diante da incontestável barbárie promovida por seus agentes, apressaram-se em classificá-la como ilegal, um "excesso" a ser corrigido. Uma breve análise das estatísticas sobre a letalidade da ação policial, que seriam divulgadas ironicamente no mesmo período, revelaria, contudo, que a violência letal contra civis está longe de se apresentar como uma exceção no sistema de segurança pública paulista.

O primeiro trimestre de 2010 registrou um aumento de 40% nas mortes promovidas pela PM em comparação com igual trimestre de 2009, saltando de 104 – um número já elevado – para 146 mortes. Aumento ainda maior, de 56%, havia sido registrado no último trimestre de 2009, já sob nova gestão da Secretaria de Segurança, que assumira em março daquele ano com um forte discurso incitando as forças policiais ao confronto, reclamando o famoso jargão "ROTA nas ruas" e classificando como hipócritas as ações "politicamente corretas em matéria de segurança pública"(1).

A altíssima letalidade da ação policial nos grandes centros brasileiros está longe de ser uma novidade na política de segurança pública adotada no país, mesmo no período pós-democrático. O recente relatório elaborado pela Human Rights Watch – sobre as execuções sumárias no Rio de Janeiro e em São Paulo – pôde traçar um retrato da magnitude da força letal do Estado repressivo brasileiro. Quer sob o forjado "confronto" que se expressa pela categoria extrajurídica "resistência seguida de morte", quer por manifestações mais deliberadas de execução de civis por grupos de extermínio e, mais recentemente, por atos de "encapuzados", as polícias desses dois Estados mataram 11.000 pessoas entre os anos 2003 e 2009. Se tomarmos apenas as mortes justificadas em São Paulo sob a rubrica "resistência seguida de morte", chegam a 2.176, número superior às mortes promovidas pela polícia da África do Sul (1.623), país com taxas de homicídio superiores às do Estado de São Paulo(2).

Não é difícil notar que se está diante de uma deliberada política de extermínio voltada a segmentos muito determinados da população: jovens do sexo masculino, afrodescendentes e habitantes das periferias e favelas dos centros urbanos. Por outro lado, não parece crível tratar-se de um cenário de guerra civil ou conflito armado, como se tem argumentado, pois tal realidade faria supor, primeiro, proporção igual nas mortes, ou seja, "baixas", nas duas frentes em conflito, e em segundo lugar um número grande de só feridos. Aqui a realidade é contrastantemente outra. O número de policiais mortos em suposto confronto é bem menor se comparado ao de civis – em SP, nos últimos 12 meses, foram 18 PMs mortos em serviço. Ainda em São Paulo, entre os anos de 2004 e 2008, grupos das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA) mataram 305 civis e deixaram somente 20 feridos. Nesse período, um único óbito de policial da ROTA foi registrado.

Embora pese uma tradição demasiadamente autoritária em matéria de segurança pública em nosso país, e os resquícios de um recente passado ditatorial ainda estejam muito vivazes na consciência e no imaginário social, a história tem mostrado que depende sobremaneira da orientação adotada pelos governantes, para que a política de segurança se mostre mais ou menos democrática ou mais ou menos violenta. Durante o governoMário Covas (1994-2000), por exemplo, uma série de iniciativas tomadas com o objetivo de reduzir a violência policial e tornar as polícias mais democráticas, resultou efetivamente numa diminuição da letalidade policial e em avanços como a criação da Ouvidoria da Polícia. Lamentavelmente os governos que o sucederam e seus respectivos gestores não apenas abandonaram tais objetivos como, sob o argumento de feroz enfrentamento à criminalidade, impulsionaram a ação violenta de suas polícias, resultando nos bárbaros índices apresentados.

Não nos iludamos: não é possível associar a truculência à eficiência e honestidade, argumento hoje fortemente mobilizado para exaltar a orientação que tem sido predominante em matéria de segurança pública. Esse foi o mesmo argumento insistentemente usado durante a ditadura militar para legitimar a violência e o autoritarismo das forças repressivas da época, sob o pretexto de também oferecer às pessoas de bem, em contrapartida, a quimera da segurança e da tranquilidade. O que a truculência e o arbítrio escondem é justamente o desvio, a possibilidade permanente da corrupção; afinal como alguém não se corromper diante do fato de se lhe ter conferido o mais absoluto dos poderes, a decisão sobre a vida e a morte?

Não é, assim, à modernização da segurança pública que temos assistido, diferentemente do que alguns analistas e muitos administradores públicos têm ufanado. Não há nada mais antimoderno na polícia de um Estado, que se pretenda democrático, do que retirar sumariamente vidas de civis em proporções assustadoras. Investir pesadamente em ações de caráter ostensivamente militar e ao arrepio da lei, como operações de ocupação em favelas, tampouco traz a marca da "modernização". Uma política de segurança pública, que se pretenda moderna e ao mesmo tempo democrática e eficaz, deve investir numa polícia científica, bem preparada, orientada a técnicas investigativas e à produção de provas legais, garantindo os direitos dos cidadãos, e, em situações de repressão e confronto, ter como recurso último, e sempre combatível, a força letal. Estamos muitíssimo longe de uma política desse quilate e – talvez o que é ainda pior – estamos caminhando, a cada dia, mais decisivamente no sentido contrário.


Notas

(1) Cresce o número de pessoas mortas pela PM. Folha de S. Paulo, 5 de maio de 2010.
(2) Human Rights Watch. Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo, 2009. Disponível emhttp://www.ibccrim.org.br/upload/le_force.pdf.

Trecho do Discurso de Pedro Yamaguchi Ferreira, proferido em fevereiro de 2010

Queridos familiares, amigos e amigas



Essa minha decisão de viver essa experiência na Amazônia é fruto do convívio com a realidade dos cárceres e a realidade social em sua forma mais cruel, o lado B de nosso País: o País dos esquecidos, dos humilhados. Pude estar em contato com a miséria da miséria, a injustiça, a segregação social e racial, a dor, o esquecimento. Ter visto de perto situações desconhecidas pela maioria das pessoas, ter conhecido um País que ainda maltrata seus cidadãos, tudo isso me despertou pra necessidade de luta, de trabalho para a profunda transformação dessa realidade.

De forma geral, vejo os poderes de Estado ainda muito elitistas. Não conhecem de verdade a realidade de seu povo, a pobreza, a falta de dignidade e cidadania que sofrem milhões de cidadãos, não conhecem os cárceres. Mantêm-se distantes daquilo que deveria ser a essência de seu trabalho: o bem comum do povo, sobretudo daquele que mais necessita das instituições para a garantia de seus direitos. Privilegiam o status, o poder, as facilidades materiais em detrimento dos direitos fundamentais das pessoas.

As leis, a Constituição Federal infelizmente não são as mesmas para todos. A justiça é justa para poucos. Os direitos de alguns são mais importantes que de outros. Lutar pela terra é crime. Mas não é crime a situação daquela pessoa que vive em condições sub-humanas nas favelas, sem dignidade nenhuma, sem comida. Furtar é crime. Mas não é crime quando o Estado amontoa milhares de presos e presas numa lata, os tortura impunemente, e viola todos seus direitos previstos nas leis. Temos dois Países: o País dos privilegiados, dos que têm acesso à riqueza, à cultura, ao lazer, aos bens materiais, às melhores oportunidades e o País dos esquecidos, que não têm direitos, não têm oportunidades, e ainda são criminalizados.

Devemos mudar, acredito que estamos avançando, mas é preciso muito mais, não podemos permitir retrocessos nas conquistas dos direitos.

Precisamos acabar com a segregação racial. Vejamos os direitos dos índios, como têm dificuldade para ser implementados. Vejamos a diferença entre os salários de negros e brancos. Vejamos os preconceitos que os nordestinos ainda sofrem no sul. A discriminação que sofrem as mulheres. Isso tudo ainda existe, é verdade, tristemente sentido no cotidiano.

Somos um País extremamente desigual na distribuição de renda. Somos top 10 no ranking de desigualdade. Num país com 200 milhões de habitantes, os 10% mais ricos detêm 50% da riqueza. Os 10% mais pobres, apenas 1% dessa riqueza. Os moradores de favelas pagam proporcionalmente mais impostos que os ricos.

4 milhões de famílias no Brasil precisam dos benefícios de uma reforma agrária. Sem contar outros milhões que vivem em condições sub-humanas e que precisam de mudanças.

Nosso mundo tem 1 bilhão de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, com menos de 2 dólares por dia. No Brasil, são 7,5 milhões de pessoas que vivem na linha da pobreza.

Para mudar essa realidade, precisamos democratizar cada dia mais o poder econômico e o poder político. Não permitir que o capital econômico mande nas políticas dos países, em detrimento das conquistas e avanços sociais.

Não dá para ficarmos tranquilos diante de tanta injustiça. Porque preferimos a anestesia à luta? Porque não deixemos de lado um pouco nosso conforto para pensarmos e agirmos por uma sociedade melhor?

Viajo para a Amazônia para colaborar, como cidadão e advogado, com as comunidades ribeirinhas, os índios, a questão ambiental. A discussão que está em voga hoje é a ambiental e, realmente, ela se faz necessária e urgente.

A natureza cada vez mostra com mais forças seu poder e sua revolta contra o que fazemos com ela. Utilizamo-la com interesse econômico e sem preocupação com os demais seres que nela vivem. Não nos preocupamos com o amanhã. E ela não está feliz com isso. Lembremos dos tsunamis, dos furacões, dos terremotos, dos deslizamentos.

Olhemos para nossa cidade de São Paulo, nesse mês de janeiro, o tanto que choveu. Os estragos das chuvas nos lugares mais precários. Infelizmente os efeitos climáticos atingem de forma pior os mais pobres, os que moram em áreas de risco, nas beiras dos rios.

Insistimos em desmatar nossas florestas. Somos o 5º pais no mundo que emite mais gases poluentes e 75% desses gases vêm do desmatamento. Matamos nossa floresta para alimentar o mercado externo, americano e europeu. Faz sentido isso?

Do que adianta exercitarmos uma consciência ecológica se não questionamos nosso próprio anseio consumista que desgasta a capacidade da natureza e acelera a degradação do meio ambiente? Devemos exigir de nos sacrifícios pelo bem da sobrevivência da natureza e nossa também.

Apenas para exemplificar, com situações cotidianas: será que precisamos ter 50 pares de sapatos em nossos armários? Dezenas de peças de roupas que depois ficam armazenadas? Será que todos precisamos de carro em detrimento do transporte público? Precisamos tomar duas vezes ao dia banhos de 30 minutos? Devemos pensar que nosso padrão de consumo gera desigualdades e agride a natureza, e é preciso abdicar desse modelo.

Sinto nessa minha escolha um pouco de negação, ainda que temporária, do modelo civilizatório ocidental consumista e destrutivo em que vivemos – e, pior, que achamos bom. Desejo buscar na natureza, com os índios, valores humanos que se sobreponham às ilusões da civilização.

Penso que, diante de toda a realidade miserável que pude ver, não posso ficar inerte, tocando minha vida como se a vida do outro nada tivesse a ver com a minha. Me sinto na obrigação de colaborar com nosso povo.

Não é preciso ir até a Amazônia para mudar essa realidade social brasileira. A cidade de SP está cheia de problemas a serem resolvidos, e todos vocês podem colaborar para mudar essa situação. Visitem a favela do moinho, o jardim pantanal, uma unidade prisional. Certamente lá existem muitos problemas e as pessoas precisam de ajuda!

Mas, nem só de lutas vive o homem. Quero viver, escrever uma gostosa poesia de minha vida. Poder respirar um ar puro, contemplar a mata e os animais, estar em contato com culturas diferentes, jogar mais futebol, estar no paraíso natural. Como diz a poesia do sambista Candeia, cantada na voz de Cartola: “deixe-me ir, preciso andar, vou por ai a procurar, sorrir pra nao chorar. Quero assistir ao sol nascer, ver as águas do rio correr, ouvir os pássaros cantar, eu quero nascer, quero viver”.


Fonte: Blog do Deputado Federal do PT/SP Paulo Teixeira, pai de Pedro
http://www.pauloteixeira13.com.br/

Homenagem ao meu amigo Pedro


Algumas poucas pessoas são aquilo que o mundo precisa. O Pedro era um desses caras. Dava pra ver, no fundo dos olhos, um desejo profundo de melhorar a vida das pessoas. O tempo que eu trabalhei com ele foi, no mínimo, transformador de visão de mundo, pois, somente entendendo a real situação das pessoas mais excluídas de nosso País, pude compreender a amplitude e complexidade do problema.

Na Pastoral Carcerária, o Pedro teve papel fundamental na mudança da vida de muitos e seu destino apontava a coisas grandiosas, pois a luta pela justiça no Brasil, mesmo que se destine à situação de uma só pessoa, já é algo de tamanho imensurável.

Mas não bastasse as alterações positivas no curso da vida de tantas pessoas, o Pedro parecia querer mais. Tinha um desejo profundo de estudar para entender melhor a realidade e, ao mesmo tempo, estar em contato com ela. Era uma pessoa sincera, apaixonada, dedicada e decidida.

Tudo isso, ao menos, são minhas lembranças dele, com quem passei muito, mas pouco tempo. E embora não tenha conhecido-o tão bem pessoalmente, sei que sempre prezou os amigos e a família, expressando, mais uma vez sua imensa humanidade.

O triste, contudo, é o que deixou por fazer; O destino decidiu interromper seus planos. Mas nem por isso estes planos ficaram desfeitos. Pois, como ele próprio disse, somos nós que mudamos nossa própria realidade e devemos alcançar os ideais imaginados e podemos, com isso, continuar o sonho, a busca, o fim maior da justiça, igualdade e inclusão social pelo qual o Pedro sempre lutou.

E é por isso que, apesar da extrema tristeza que sua perda nos traz, o sentimento mais presente agora é o da persistência, esperança e confiança de que um mundo melhor é possível, sem discriminações, desigualdades extremas e com a plena obtenção dos direitos humanos nos quais o Pedro sempre acreditou, sem sombra de dúvidas.

E é por você, assim como outros que lutaram e lutam por uma causa, que devemos nos juntar e permanecer alertas e unidos em prol de uma sociedade verdadeiramente democrática e humana.

Plano de Educação da Cidade de São Paulo


Plenária dos Fóruns de Educação e Movimentos Sociais da Cidade de São Paulo

7 de junho, 2ª. feira, às 18h30

Sala Oscar Pedroso Horta – 1º. subsolo

Câmara Municipal de São Paulo – Viaduto Jacareí, 100

Este é o último momento para eleição de delegadas/os do nosso segmento para a Conferência do Plano de Educação da Cidade de São Paulo!

A Conferência será nos dias 18 de junho à noite, 19 de junho durante todo o dia e 20 de junho até às 13h.

Venha! Participe!

Organização:

Fórum em Defesa da Vida e pela Paz

Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Fórum Paulista de Educação de Jovens e Adultos

Fórum pelo Desenvolvimento da Zona Leste

Fórum Permanente de Educação Inclusiva

GT Educação do Movimento Nossa São Paulo

Movimento Negro

Evento A mulher negra como tema ou realizadora e violência racial

Semana Cidades Catraca Livre - Cultura e Educação O projeto Catraca Livre comemora dois anos e o convidado para a festa é você!

Semana Cidades Catraca Livre - Cultura e Educação O projeto Catraca Livre comemora dois anos e o convidado para a festa é você!

O Itaú Cultural, o Instituto Faça Parte e a Associação Cidade Escola Aprendiz apresentam a Semana Cidades Catraca Livre - Cultura e Educação.

De 1 a 6 de junho serão promovidas oficinas, exibição de filmes, música, teatro, debates e o lançamento do Guia Catraca Livre, publicação que reúne as atrações culturais gratuitas ou a preço popular da cidade de São Paulo. As atividades serão realizadas na sede do Itaú Cultural e na Casa das Rosas, ambos na Avenida Paulista.

A novidade fica por conta do Palco Digital, plataforma de educação que conecta escolas de todo país. Os alunos serão estimulados pelas instituições de ensino a desenvolver blogs pensando a cidade como uma experiência de aprendizagem. Clique aqui e conheça mais o projeto.

Confira a programação completa da semana.

terça 1 sala itaú cultural 19h
abertura com lançamento do programa Palco Digital e lançamento do Guia Catraca Livre, com debate com Gilberto Dimenstein e Katia Gonçalves Mori

O Guia Catraca Livre a publicação disponibiliza informações sobre os equipamentos culturais da cidade de São Paulo que ofereçam programação gratuita ou a preço popular. Elas estão organizadas por categorias: cinema, arte, leitura, música, teatro, dança, passeios, cursos e oficinas. A primeira edição do guia, viabilizada com o patrocínio do Instituto Votorantim, será distribuída gratuitamente a jovens, para estimulá-los a conhecer as oportunidades culturais que a cidade oferece e a apropriar-se delas.


quarta 2 a sexta 4 casa das rosas
14h oficina de Minimetragem - ministrada por Oficinas Querô
15 vagas [turma única] inscriçõs pelo site www.catracalivre.com.br


quarta 2 a domingo 6 sala vermelha - itaú cultural
14h oficina Onda Cidadã, Texto e Audiovisual para a Internet - ministrada porFábio Malini e Écio Salles
[vagas exclusivas para participantes do Palco Digital]

quarta 2 sala vermelha - itaú cultural
17h30 oficina de Elaboração de Projetos Culturais - ministrada pelo Instituto Votorantim
50 vagas [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]


quarta 2 sala itaú cultural
20h apresentação do processo de criação do espetáculo El Quijote edebate com Pombas Urbanas eFilhos da Dita - mediação Valmir Santos
247 lugares [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]

Grupo Pombas Urbanas foi criado em 1989, com a participação de jovens de São Miguel Paulista. O coletivo realiza espetáculos de rua e palco para público infantil e adulto, e desenvolve ações que inserem o teatro no cotidiano das populações de baixa renda paulistanas.

Em outubro de 2009, o Pombas Urbanas recebeu em sua sede, no bairro de Cidade Tiradentes, São Paulo, 16 grupos de teatro da América Latina. O encontro se deu durante a montagem de El Quijote. O autor do espetáculo, Santiago García, uma das maiores referências do teatro latino-americano, cedeu ao grupo os direitos de sua obra, dirigida por César Badillo.


quinta 3 sala vermelha
17h30 exibição do filme de making of Eu Fiz Querô e palestra com Carlos Cortez
247 lugares [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]

Eu Fiz Querô Carlos Cortez Brasil, 2007, 52 min [aprox.] Relato do processo de realização do filme. O dia a dia dos 40 garotos que participaram do projeto, desde a seleção dos integrantes até o final da produção, passando pela experiência transformadora das oficinas de preparação de elenco. 80 lugares


quinta 3 sala itaú cultural
20h show de Tulipa Ruiz
247 lugares [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]

Cantora, compositora e desenhista. Participou de shows de DonaZica, Trash Pour 4, Júnio Barreto, Ortinho, Projeto Cru, Na Roda, Tiê, Nhocuné Soul e Cérebro Eletrônico. Integra, ao lado do pai, Luiz Chagas, e do irmão, Gustavo Ruiz, o conjunto Pochete Set.


sexta 4 sala vermelha - itaú cultural
17h30 oficina de Elaboração de Projetos Culturais - ministrada pelo Instituto Votorantim
50 vagas [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]


sexta 4 sala itaú cultural
20h show de Sandália de Prata
247 lugares [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]

A banda surgiu em 2003, no bairro de Capão Redondo, apresentando-se em bailes de gafieira e de samba rock. Lançou os CDs Sandália de Prata (2006) e Samba Pesado (2009).


sábado 5 sala itaú cultural
14h Oficina de DJ - ministrada pelo músico, MC e produtor Dri
25 vagas [turma única] Inscrições pelo site: www.catracalivre.com.br


sábado 5 sala itaú cultural
17h30 pré-lançamento do filme 5x Favela - Agora por Nós Mesmos e debate com Cacá Diegues e atores do filme -mediação Laís Bodanzky
247 lugares [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]

5x Favela - Agora por Nós Mesmos Manaíra Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos e Luciana Bezerra, Brasil, 2010, 96 min Reúne cinco episódios concebidos e executados por jovens moradores de favelas do Rio de Janeiro. Com base na observação de uma vigorosa cultura que emerge dessas comunidades, o projeto proporcionou aos realizadores condições de produção semelhantes a de filmes de médio porte. 247 lugares [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]


domingo 6 sala itaú cultural
14h Oficina de DJ - ministrada pelo músico, MC e produtor Dri
25 vagas [turma única] Inscrições pelo site: www.catracalivre.com.br


domingo 6 sala itaú cultural
17h30 exibição do filme As Melhores Coisas do Mundo e debate com Laís Bodanzky e atores do filme- mediaçãoGilberto Dimenstein
247 lugares [ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]

As Melhores Coisas do Mundo Laís Bodanzky, Brasil, 2010, 107 min Mano tem 15 anos, adora tocar guitarra, beijar na boca, rir com os amigos, andar de bicicleta e curtir uma balada. Mas um acontecimento em sua família o leva a perceber que se tornar adulto nem sempre é tarefa fácil. Por meio das experiências do protagonista, como a primeira relação sexual, os conflitos em casa, a popularidade na escola, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor, o filme aborda a adolescência e a passagem para a vida adulta.


itaú cultural [avenida paulista 149 - estação brigadeiro do metrô]
informações 11 2168 1777 - atendimento@itaucultural.org.br casa das rosas [avenida paulista 149 - estação brigadeiro do metrô]
informações sobre distribuição de ingresso fones 11 3285 6986 e 3288 9447

Realização:
Itaú Cultural, Instituto Faça Parte, Associação Cidade Escola Aprendiz e Catraca Livre

Parceiros: AmBev, Instituto Votorantim, Luz Mágica e Gullane Filmes
Agradecimentos: Casa das Rosas e CCR

Quem teme as mulheres?

 
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